O que é a Auto-obsessão?
É habitual nos depararmos com o ser humano atribuindo ao próximo a culpa pelos seus resultados negativos, raramente reconhecem como os responsáveis pelos próprios sofrimentos. Boa parcela acreditam que são vítimas de um espírito obsessor.

Atualmente a física quântica, através do estudo de elétrons revelou que o observador pode interferir no resultado de um experimento, fazendo com que elétrons, ao serem lançados, ora se comportam como ondas e, outras vezes, como uma partícula, ou seja, o simples fato de olhar pode alterar o produto final.
Unificando o aspecto espiritual ao científico, temos o pensamento como uma energia que pode atuar sobre a matéria, seja mental ou etérea. Devido à plasticidade de ambas, poderão ser moldadas de acordo com o padrão ou a característica da energia atuante.
Dessa forma, de acordo com a intensidade e a densidade dos nossos pensamentos, poderemos moldar essas matérias a ponto de tornarem-se visíveis aos espíritos e aos videntes, o que André Luiz denomina de “formas-pensamento” em suas obras.

Quando nossos pensamentos apresentam características inferiores – como ira, rancor, ódio, avareza, vaidade, orgulho, sexualidade, apegos excessivos, desejos irascíveis e tantos outros –, moldamos nossa matéria mental e a etérea que nos circunda com energias de baixa vibração e alta densidade.
Com a perpetuação desse processo, cristalizamos ao nosso redor esses pensamentos, que, por força do hábito, gradativamente se tornam uma realidade para nós. Assim, deixamos de perceber a real verdade para apenas enxergarmos a verdade que queremos.
Passamos a acreditar que estamos certos, e os outros, errados. Então, nós nos fixamos em uma forma-pensamento, que, por mecanismo de retroalimentação, alimenta ainda mais os pensamentos que nos colocaram nessa posição e entramos em um ciclo do qual é muito difícil sair.
Toda onda tem uma frequência e uma amplitude, que lhe permitem certa sintonia, lembrando que sintonias afins tendem a se unir. Desse modo, ocorre afinidade entre duas faixas de mesma frequência e mesma amplitude. Portanto, nós nos unimos a outros pensamentos similares aos nossos por meio dessa energia, recebemos o que emitimos.

Assim, recebendo os estímulos que a vida nos oferece, construímos por conta própria as interpretações e os juízos de valores para as pessoas, os objetos e as situações que nos afetam. A auto-obsessão ocorre quando fazemos o papel de obsessor em uma ideia fixa e também o papel de vítima.
Ninguém está livre de ver seus desejos contrariados, seus objetivos não concretizados, suas ideias deturpadas e seus gestos mal interpretados. Todos esses acontecimentos podem criar mágoas e contrariedades que estacionam ressentimentos duradouros dentro de nós. É assim que encontramos inúmeros exemplos de “ideias fixas” que nos aprisionam num processo de auto-obsessão refletindo nossa própria insanidade.
Devemos buscar nos conhecer melhor, realizar um trabalho de interiorização para equilibrar nossas energias e pensamentos, ser mais positivistas e deixarmos de reclamar de tudo ou sermos empecilhos na nossa própria vida. Dessa forma, conseguiremos sair do vício do vitimismo obsessivo, que é a auto-obsessão, e começaremos a viver a vida em paz e com
equilíbrio.